quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

patrimonio da humanidade brasileira e do mundo


DOAR OU VENDER NOSSA AMAZONIA. ISSO JAMAIS.

PROTEÇÃO AO NOSSO MAIOR PATRIMONIO. A FLORA E A FAUNA


LAURINDO SOMERA
SOU DEFENSOR DA PRESERVAÇÃO DE NOSSOS PATRIMONIOS. ISSO É PATRIMONIO DA HUMANIDADE E NÃO SÓ DOS BRASILEIROS. O MUNDO TEM QUE TRABALHAR PARA SUA SUA PRESERVAÇÃO.
Acompanhei uma matéria e achei de grande importância posta-la neste blog. acompanhe atentamente.
Cristovam Buarque é um professor de Economia da Universidade de Brasília, Brasil, e fundador da Missão Criança, uma ONG dedicada a manter as crianças pobres do mundo todo na escola. Ele foi o Partido dos Trabalhadores governador do Distrito Federal de Brasília, de 1995 a 1998. O artigo foi originalmente publicado como "O mundo para todos" em 23 de outubro de 2000, em O Globo (Rio de Janeiro). Durante um recente painel de discussão nos Estados Unidos, me pediram que eu pensei sobre a idéia de internacionalização da Amazon Rain Forest. O jovem que pediu esta questão começou por dizer que ele queria que eu a resposta como um humanista e não como um brasileiro. Esta foi a primeira vez que alguém jamais tenha estipulado uma perspectiva humanista como o ponto de partida para pedir-me uma pergunta. De facto, como brasileiro eu permaneceria argumentar contra a internacionalização da Amazon Rain Forest. Mesmo que o nosso governo não tenha dado a este patrimônio cuidado que ele merece, ele é nosso. Respondi que, como um humanista que teme os riscos inerentes à degradação ambiental que a Amazônia está sofrendo, eu podia imaginar a sua internacionalização, tal como eu poderia imaginar a internacionalização de tudo o mais de importância para a humanidade. Se, a partir de uma perspectiva humanista, a Amazônia tem de ser internacionalizado, também deveríamos internacionalizar as reservas petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Os proprietários das reservas, porém, sentir que têm o direito de aumentar ou diminuir o volume de produção de petróleo, bem como para aumentar ou diminuir o preço por barril. Os ricos do mundo sentem que eles têm o direito de queimar-se este imenso patrimônio da humanidade. Da mesma forma, os países ricos "capital financeiro deveria ser internacionalizado. Desde a Amazon Rain Forest é uma reserva para todos os seres humanos, um proprietário ou de um país não deve ser permitido até queimá-lo. A queima da Amazônia é um problema tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias feitas por especuladores globais. Não podemos permitir a utilização de reservas financeiras para queimar-se todo na frenesi países da especulação. Antes de nos internacionalizar a Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Os museus do mundo são guardiões das mais belas peças de arte produzidas pelo gênio humano. Não podemos deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural da Amazônia, seja manipulado e destruído pelo capricho de um proprietário ou de um país. Há pouco um milionário japonês decidiu ser enterrado com uma pintura por um grande artista. Antes isso poderia acontecer, que a pintura deveria ter sido internacionalizado. Enquanto eu estava na reunião durante a qual me foi perguntado sobre a internacionalização da Amazon Rain Forest, as Nações Unidas convocou a Cimeira do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer devido a constrangimentos de passagens de fronteira E.U.. Devido a isto, eu disse que Nova York, como a sede da Organização das Nações Unidas, deveria ter sido internacionalizado. A cidade, ou pelo menos Manhattan, deveria pertencer a toda a humanidade. Como deve Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza ímpar, a sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se, para minimizar o risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazon Rain Forest, deveríamos internacionalizar os Estados Unidos' arsenais nucleares. Se apenas porque o país já demonstrou que é capaz de utilizar essas armas, provocando destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os candidatos presidenciais dos Estados Unidos têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca de redução da dívida. Devíamos começar por usar essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha a oportunidade de ir à escola. Deveríamos internacionalizar as crianças, tratando-as, todas elas, não importando o seu país de nascimento, como patrimônio que merece ser educada por todo o mundo. Ainda mais do que a Amazônia merece ser cuidado por. Quando os líderes do mundo começar a tratar as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não vão permitir que as crianças trabalham quando deveriam estar estudando, morrem quando deveriam estar vivos. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me trata como um brasileiro, vou lutar pela Amazon Rain Forest para permanecer nossa. Ours sozinho. Cristovam Buarque (Este artigo foi publicado no New York Times / Washington Post Today e nos principais jornais da Europa e do Japão, em agosto de 2001.)

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